Produção de frutas no Paraná gera renda e emprego no campo


  

A produção de frutas vem ocupando cada vez mais espaço junto a outras lavouras no Paraná, e com o suporte da pesquisa agropecuária e o empenho dos produtores o cultivo já representa de 2% a 3% da renda bruta gerada no campo. Na safra 2010 o peso da fruticultura no VBP (Valor Bruto da Produção) foi de R$ 44,3 bilhões, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura. Considerando um universo de 34 variedades, a produção ocupou uma área de 70,9 mil hectares e chegou a 1,5 milhão de toneladas.

Os pomares estão espalhados por todas as regiões, e por estarem em áreas de transição climática e com vários tipos de solo é possível cultivar as mais variadas espécies. Laranja, banana, tangerina, melancia e uva são as cinco principais frutas produzidas no Estado. Juntas, respondem por 84,6% do total produzido.

A laranja, com 38,1%, é o cítrico mais produzido em relação ao volume total. São 582,4 mil toneladas, contra 178,3 mil toneladas de tangerinas (poncã, mexirica, montenegrina e murgote).

A banana é responsável por 18,1% do volume total da fruticultura, com 275,9 mil toneladas, enquanto que a melancia representa 9,6% da produção total de frutas, com uma safra de 146,7 mil toneladas. A uva, por sua vez, foi responsável por 7,1% da safra paranaense, com 108,1 mil toneladas.

Uva - Como sobremesa, acompanhamento, ou mesmo na decoração, as frutas tropicais estão mais acessíveis. Com poder de compra melhor a população passou a consumir mais. Exemplo disso é o que acontece com a uva. Em 2.000 o consumo médio era de 2,32 quilos/ano por pessoa, e em 2010 o consumo passou para quatro quilos/ano por pessoa.

O Paraná é o quarto estado que mais produz uva no país. O primeiro é o Rio Grande do Sul, com 737 mil toneladas, seguido de São Paulo, com 177,9 mil toneladas, e Pernambuco, com 158,5 mil toneladas.

A produção no Estado se divide entre uva fina de mesa, mais delicada, e uva rústica, destinada à agroindústria. Cerca de 80% da área plantada é de uva de mesa, e as regiões que mais se destacam são o noroeste e norte, principalmente o município de Marialva, responsável por 50,34% da produção estadual de uva de mesa. As uvas finas de mesa mais cultivadas são as variedades Itália, Rubi, Benitaka e Brasil.

Entre as uvas rústicas, próprias para a produção de vinho, suco e geleia, estão a Niágara rosada e branca e Bordeaux (terci). Estas se concentram mais nas regiões oeste e sudoeste e também na Região Metropolitana de Curitiba (municípios de Colombo, Campo Largo e São José dos Pinhais).

De acordo com o agrônomo e responsável pelo setor de fruticultura do Deral, Paulo Andrade, são quase seis mil hectares de parreirais em todo o Paraná. “A produção de uva de mesa ocupa a maior parte destas áreas. São um pouco mais de 3,9 mil hectares, enquanto que a área utilizada para a agroindústria é de 2,1 mil hectares”, disse. A cadeia produtiva da uva, segundo ele, envolve cerca de sete mil famílias no Estado e o faturamento chega a R$ 220 milhões/ano, o que corresponde a 24,59% do VBP (Valor Bruto da Produção).

Variedades - Em menor escala o Paraná produz maçã (108 mil toneladas), pêssego (18,4 mil toneladas), ameixa (12,7 mil toneladas), nectarina (3,2 mil toneladas), caqui (19,4 mil toneladas), morango (14,4 mil toneladas), manga (8,1 mil toneladas) e maracujá (17,8 mil toneladas).

O cultivo do coco verde também apresentou resultado positivo. A produção foi de 2,6 milhões de frutos. Ele é explorado comercialmente nas regiões de Maringá, Paranavaí e Umuarama, e na escala de produção está em trigésimo quinto lugar.

Paulo Andrade ressaltou a importância da fruticultura nas regiões e municípios onde a cultura está estabelecida. “Ela contribui para o aquecimento de outros setores da economia, uma vez que gera renda e emprego. Hoje estão envolvidos na atividade, produzindo as mais variadas espécies de frutas, 30 mil agricultores”. De acordo com ele, as perspectivas de produção para a próxima safra são boas para a fruticultura paranaense. “Desde que o fenômeno “La Niña” não seja intenso, teremos frutas mais coloridas e saborosas em nossas mesas”, afirmou.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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