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O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) ativa nesta segunda-feira (5/5) o Alerta Geada 2008.
Trata-se de um serviço de previsão diária do risco de geadas, para auxiliar produtores a decidirem sobre a adoção preventiva de medidas de proteção em lavouras de café, com até dois anos de implantação.
As previsões diárias podem ser acessadas gratuitamente pela internet (www.iapar.br) ou pelo telefone (43) 3391-4500 (neste caso, o custo é de uma ligação para aparelho fixo). Se há risco de geada, o serviço também emite e-mail para cafeicultores e técnicos cadastrados. O aviso é feito com 48 horas de antecedência e confirmado 24 horas depois. Interessados em receber o alerta por correio eletrônico devem se cadastrar no endereço alerta_geada@iapar.br.
De acordo com a meteorologista Ângela Costa, para 2008, espera-se um inverno com temperaturas mais baixas que nos últimos anos, com ingresso de maior número de massas de ar frio de origem polar. “Conseqüentemente, há maior possibilidade de ocorrência de geadas na região cafeeira do Paraná”, explica. Isso deverá ocorrer porque o fenômeno La Niña está influenciando as condições gerais do clima.
Denomina-se La Niña o fenômeno de resfriamento das águas na porção equatorial do Oceano Pacífico. El Niño, ao contrário, é o aquecimento das águas naquela região. Ambos os eventos provocam reflexos nas condições climáticas do sul do Brasil.
No ano passado, o serviço Alerta Geada registrou seis geadas de fraca intensidade e de baixada na região de Londrina, cinco em Cambará e duas em Paranavaí. No Oeste, no município de Jesuítas e arredores, houve formação de geada moderada em cinco madrugadas, todas sem grandes conseqüências para as lavouras de café.
RECOMENDAÇÕES – Em plantios de café com até seis meses de idade, a pesquisa recomenda, na iminência de geada, o enterrio puro e simples das plantas, que devem ficar cobertas por, no máximo, 20 dias. Nessa situação, viveiros de mudas devem ser protegidos com cobertura vegetal ou de plástico, que deve ser retirada tão logo cesse o risco.
Nas lavouras maiores, plantas entre seis e 24 meses, a indicação é o “chegamento” de terra no tronco. Essa prática deve ser feita imediatamente, no mês de maio, e seu objetivo é proteger as gemas para facilitar a rebrota no caso de geada severa. A terra deve ser retirada do final de agosto até meados de setembro. Se isso não for feito, as plantas podem sofrer danos por “afogamento do caule” (lesões causadas por altas temperaturas).
O Alerta Geada funciona de maio até meados de setembro. Sua realização é fruto da parceria entre Iapar, Simepar, Emater, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento/Departamento de Economia Rural e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
Fonte: Agência Estadual de Notícias