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Foi divulgado nesta sexta-feira (10/1) o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA) de 2014, realizado entre os dias 6 e 9 de janeiro. Nele, Paranavaí apresentou médio risco para transmissão de dengue, com 2,5% de incidência de criadouros do mosquito Aedes aegypti nos imóveis visitados. Em alguns bairros, o índice chegou a 4,2% de infestação, considerado alto risco pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“A dengue continua nos preocupando e muito. Estamos em um período chuvoso e isso só faz aumentar o índice de infestação. Nossa maior preocupação neste momento é com os óbitos. Já tivemos um registrado na região nesse ano e não queremos que isso volte a acontecer”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Agamenon Arruda de Souza, durante a divulgação oficial do levantamento, que foi realizado no gabinete do prefeito Rogério Lorenzetti e contou com a presença de representes da 14º Regional de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, da promotora de Saúde Pública do município, Suzy Mara de Oliveira, secretários e diretores do município, e dos vereadores Antonio Alves, Aldrey Azevedo, Leonildo Martins e Zenaide Borges.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde (Visa) do município, Randal Fadel Filho, mais preocupante que o índice de infestação é a circulação viral que permanece no município. “A presença do vetor somada à circulação viral dos diversos tipos de dengue forma um cenário perigoso. Os casos diminuíram, mas não chegamos a sair da epidemia, e se não contermos o avanço do vetor neste momento o resultado poderá ser catastrófico”, avaliou o diretor.
De acordo com ele, a maior parte dos focos do mosquito está dentro das residências. “Dos criadouros encontrados durante o levantamento, 25% estavam em depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.) e 51% em lixo e outros resíduos sólidos, encontrados, principalmente, nos quintais das residências. Outros 9% estavam em depósitos ao nível do solo (tonéis, barris e cisternas)”, apontou.
Para tentar reverter essa situação, o município vem adotando nos últimos anos operações de fiscalização com multas para os proprietários que não eliminarem os focos do mosquito. Em 2013 foram aplicadas mais de 80 multas. “Sabemos que a multa não é o melhor caminho, mas muitas vezes é o que se mostra eficaz. Passamos por uma experiência muito dura e dolorosa em 2013 e não precisamos passar por isso novamente. O Randal já está autorizado a intensificar as vistorias e, se preciso, multar. Vamos ter que endurecer o jogo. Apesar desse não ser o meu desejo, será preciso”, declarou o prefeito.
Durante esta semana, antes mesmo que os resultados do levantamento fossem concluídos, funcionários da Visa já trabalhavam com o bloqueio químico das áreas onde o índice de infestação do mosquito era mais elevado. A intenção das autoridades é definir, já na próxima semana, estratégias e ações de combate a uma nova epidemia em conjunto com os demais parceiros.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí