PA adota protocolo de classificação de risco para atendimento


  

Desde o dia 13 de março, o Pronto Atendimento Municipal está trabalhando com um novo sistema de acolhimento e triagem dos pacientes. Com o Sistema Manchester de Classificação de Risco, os pacientes estão sendo atendidos por prioridade clínica e não mais por ordem de chegada.

“O sistema de classificação de risco é bastante prático e nos ajuda a definir quais são os casos de urgência e emergência, que realmente são os casos que têm prioridade de atendimento no PA. O paciente chega em busca de atendimento, preenche a ficha na recepção e é encaminhado pra o acolhimento, ou triagem, como muitos chamam. É neste momento que uma enfermeira treinada verifica os sinais vitais (pressão, temperatura, etc) e faz algumas perguntas simples, objetivas e diretas, que indicam qual a principal queixa do paciente. Ela lança essa informação no sistema, que já abre uma tela com as opções de sinais e sintomas relacionados. Conforme o que é preenchido, o sistema já identifica o grau de risco do paciente através de uma cor, e é através desta cor que é definida a prioridade de atendimento”, explica a diretora do PA, Simone Cristina Baggio.

Cada cor de classificação determina um tempo máximo para o atendimento ao paciente. Os pacientes classificados na cor vermelha são os casos de emergência, que necessitam de atendimento imediato. Quem é classificado na cor laranja está na faixa de casos de muita urgência, que necessitam de atendimento praticamente imediato. Estes podem esperar até 15 minutos pelo atendimento. Os casos de urgência recebem a cor amarela, necessitam de atendimento rápido, mas podem aguardar até 30.
As duas últimas cores, verde e azul, são para pacientes que podem aguardar um pouco mais pelo atendimento ou podem até mesmo ser encaminhados para outros serviços de saúde. Quem é classificado na cor verde é considerado um paciente com caso pouco urgente, e pode esperar até duas horas pelo atendimento. Já os casos não urgentes recebem a cor azul, e podem precisar aguardar até quatro horas para serem consultados.

 Sistema Manchester de Classificação de Risco, em Paranavaí
Sistema Manchester de Classificação de Risco

A classificação do risco é feita on-line, através do SIG-Saúde. “Nesta etapa inicial de
implantação, a classificação é lançada no computador e a enfermeira responsável pelo
acolhimento e triagem cola um adesivo com a cor correspondente no prontuário do
paciente. Esta ficha vai para o setor de atendimento e o médico vai chamando os
pacientes por ordem de prioridade, conforme a cor, do maior para o menor risco.
Enquanto tiver um paciente vermelho, laranja ou amarelo, o médico não atende os casos verdes e azuis. É questão de prioridade clínica”, destaca a diretora do PA.

No decorrer da implantação do Sistema Manchester, a ideia é acabar com o prontuário
em papel e trabalhar com todas as informações sendo transmitidas on-line. “Assim que as informações forem cadastradas no setor de acolhimento e o paciente for classificado com o grau de risco, este prontuário já vai aparecer na tela do computador do médico com a cor que define a prioridade de atendimento, e o médico vai chamar o paciente através de um monitor que será instalado na recepção do PA, onde vai aparecer a cor e o nome completo da pessoa que será atendida”, explica Simone.

Em dezembro de 2014, aproximadamente 40 enfermeiros da Secretaria Municipal de
Saúde que atuam nas UBS e no Pronto Atendimento, participaram de um curso com
treinamento completo para a implantação do Sistema Manchester de Classificação de
Risco. Para Simone Baggio, o desafio é conseguir que todos os enfermeiros que
trabalham na rede municipal de Saúde utilizem este conhecimento de classificação de
risco antes de enviar um paciente da UBS para atendimento no PA.

“O Pronto Atendimento é uma unidade de urgência e emergência, mas absorvemos
muitos casos que são resolvidos facilmente na Unidade Básica de Saúde. Algumas vezes porque o paciente não procura a UBS e vem primeiro aqui, mas outras vezes porque a unidade de saúde não dá a orientação correta ou ainda encaminha casos que não são de urgência nem de emergência para o PA. O que precisamos agora é fazer todo um trabalho de conscientização da população e também dos profissionais das UBSs para que apenas os casos de urgência e emergência sejam realmente absorvidos aqui. Não queremos e nem vamos negar atendimento a ninguém, mas com esse sistema de classificação de risco, às vezes o paciente vai ter que esperar muito mais pelo atendimento aqui do que se procurar primeiro a sua UBS de referência”, enfatiza a diretora do PA.

O protocolo adotado pelo PA de Paranavaí surgiu em Manchester, na Inglaterra, em 1996. Desde 1999, outros países do mundo também adotaram o sistema como uma ferramenta de classificação de risco na urgência. O Brasil adotou a partir de 2007 e, de lá pra cá, 18 estados brasileiros utilizam dessa ferramenta tanto em instituições públicas quanto particulares.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí






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