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A avaliação mais efetiva e de maior sensibilidade da qualidade de vida de uma sociedade é a tendência temporal de queda de mortalidade materna e infantil. Segundo um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), através do programa Saúde da Mulher e da Criança, o índice de mortalidade em Paranavaí caiu 72,5% nos últimos sete anos.
“Quando o prefeito Rogério assumiu a administração, em 2009, Paranavaí tinha o índice de mortalidade infantil mais alto dos últimos 12 anos. Eram quase 20 óbitos de crianças com até 5 anos de idade, para cada mil nascidos vivos. Viemos trabalhando sistematicamente para baixar este índice e hoje podemos comemorar que até agora registramos apenas cinco óbitos este ano em Paranavaí (referência até 15 de novembro). Preliminarmente é o menor coeficiente da história registrado na cidade”, esclarece a coordenadora do programa Saúde da Mulher e da Criança, Mariana Águila.
Segundo a coordenadora, esta queda nos índices se deve a uma série de mudanças que foram introduzidas pela Secretaria de Saúde do município. Uma delas foi a organização do processo de atenção à gestante, através da elaboração e publicação da portaria 02/2015 da rotina de pré-natal de baixo risco, o que possibilitou a padronização do atendimento.
“Independente da Unidade de Saúde que nossas gestantes procurarem, elas receberão o mesmo atendimento, com qualidade e integralidade. A implantação da rotina viabilizou também aos nossos enfermeiros maior autonomia. Hoje os enfermeiros podem solicitar exames básicos de pré-natal e até mesmo prescrever os medicamentos padronizados pelo Ministério da Saúde para gestantes, facilitando e agilizando o atendimento”, destaca.
Outra mudança implantada foi que as gestantes passaram a ser estratificadas por risco, definidos por critérios clínicos, como determina a linha guia da Rede Mãe Paranaense, implantado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. “Gestantes de risco habitual são atendidas pelas equipes do Estratégia Saúde da Família, que hoje conta com 100% de cobertura no município. Para este atendimento nossos profissionais receberam treinamentos e foram capacitados, oferecendo desta forma atendimento resolutivo e livre de riscos para nossas gestantes. Gestantes de risco intermediário são atendidas por ginecologistas/obstetras da Rede, que contou no ano de 2015 com a contratação de mais uma profissional de referência para as UBS da Zona Leste e Campo Belo. E as gestantes de alto risco são atendidas por profissionais exclusivos para estes casos. O município conta ainda com uma pediatra de referência para crianças de alto risco e aparelho de USG (ultrassonografia) próprio com profissionais altamente qualificados para realização dos exames. Além disso, os exames preconizados para gestantes são agendados assim que elas saem do consultório. Oferecemos desta forma um atendimento acessível em tempo adequado”, explica.
A Sesau conta ainda com um serviço conveniado com a maternidade da Santa Casa há alguns anos, onde um profissional devidamente treinado realiza orientações sobre os primeiros cuidados com o recém-nascido e a importância da amamentação. “Este profissional também estratifica as crianças por riscos, informando às Unidades de Saúde sobre o nascimento desta criança, o que possibilita que as equipes do ESF realizem a visita domiciliar à mãe e à criança em até cinco dias, como preconiza o Ministério da Saúde”, frisa Mariana.
Foram elaboradas também ferramentas de trabalho, que instrumentalizaram os profissionais, como a ficha de estratificação de risco, o plano de cuidado da gestante, folders de orientação, etc. “A gestação não é uma doença mas exige muito cuidado. Por isso oferecemos instrumentos que auxiliam nossos profissionais no momento da consulta”, aponta a coordenadora.
Para o acompanhamento, monitoramento e avaliação, foram desenvolvidas planilhas de acompanhamento, o que possibilitou que profissionais e gestores refletissem sobre os indicadores, permitindo obter respostas frente a alguns questionamentos: Estamos fazendo o que é certo? Estamos fazendo corretamente? Podemos fazer melhor?
“O trabalho do Comitê de Prevenção de Mortalidade Fetal, Materna e Infantil, composto por instituições governamentais e não governamentais, também colaborou muito para alcançarmos este índice. Estas instituições somam forças para estudar e evitar novos óbitos em crianças, propondo medidas de prevenção”, destaca ainda.
Outro fator foi a Implantação do Comitê Gestor Local do Rede Mãe Paranaense, composto pela Regional de Saúde, Secretaria de Saúde (através do Saúde da Mulher), Centro Regional de Especialidades (CRE) e Santa Casa, que prestam atendimento às gestantes da 14º Regional de Saúde afim de estudar melhorias e propor medidas para garantir um atendimento de qualidade.
“Cabe ressaltar que essas ações só foram possíveis porque temos profissionais e gestores comprometidos e engajados com o cuidado, garantindo de fato melhorias na atenção à saúde da mulher e da criança. Estamos somente colhendo os frutos de muito trabalho e dedicação”, avalia positivamente a coordenadora do programa.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí