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Segundo dados do Simepar, de 1º de novembro até esta terça-feira, dia 17/11, já choveu 200 mm em Paranavaí, 48,17% a mais que a média histórica para todo o mês, que é de 135mm. Só na segunda e terça-feira (16 e 17) foram registrados 77mm de chuva na cidade, ou seja: em menos de duas horas e meia (distribuídas nos dois dias) choveu quase a metade do volume registrado no mês.
As fortes chuvas destes últimos dois dias causaram bastante estrago nas estradas rurais e formaram pontos de alagamento em várias localidades da cidade. Na tarde desta terça-feira (17/11), o prefeito Rogério Lorenzetti e o secretário de Infraestrutura do município, Eurípedes Lemes Silva, visitaram os pontos que apresentaram mais dificuldade para o escoamento das águas.
“Tivemos pontos de alagamentos mais críticos na BR-376, em frente à Polícia Rodoviária, na Rua Guaporé (no trecho de acesso ao Jardim Morumbi), e na Rua Guanabara. Em outros pontos o alagamento não foi tão intenso como nessas localidades. Na baixada da Rua Guaporé, por exemplo, onde fica o canal, o volume de água foi tão intenso que começou a se formar uma erosão que pode alcançar o asfalto. Ali vamos trabalhar com a ideia de fazer uma contenção com sacos de areia, para evitar que a água chegue na pista e ofereça riscos à população que usa a via. Agora estamos dando uma atenção especial a estes pontos que já sabemos que formam alagamentos, no sentido de retirar os pequenos galhos e outros materiais que possam obstruir as grades das bocas de lobo e dificultar o escoamento da água”, explica o secretário Eurípedes.
Para o prefeito Rogério, a chuva desta terça-feira (17) veio com uma força inesperada. “Eu nunca tinha visto um volume de águas tão intenso. Mesmo assim, nossa cidade tem a vantagem de não ter pontos de alagamentos que levam semanas para escoar a água. Assim como a chuva vem com intensidade, assim que ela para, em alguns minutos a água termina de escoar para as galerias. O que acontece, não só aqui em Paranavaí, mas em todas as cidades, é o efeito ralo – como na pia de cozinha da nossa casa. O ralo (no nosso caso as galerias) tem capacidade para escoar um certo volume de água. Quando este volume é mais intenso do que o normal, como tem sido nos últimos dias, a pia enche. No nosso caso, se formam os pontos de alagamento. Assim que para de chover, as galerias já absorvem rapidamente a água que restou”, destaca.
Lorenzetti frisou ainda que não é possível executar trabalhos de recuperação sem que a chuva cesse. “Além de não ter efetividade, alguns serviços ainda podem trazer riscos para as equipes de trabalho. Ainda assim, o município está colocando servidores para atender os casos emergenciais, mesmo durante a chuva. Estamos fazendo um levantamento dos danos e um planejamento para a recuperação emergencial, que agora é prioridade. Mas sabemos que vamos levar alguns meses para colocar a cidade em ordem”, ponderou.
Estradas rurais – Na área rural, o levantamento feito pela Secretaria de Agricultura é de que pelo menos 80% das estradas ficaram comprometidas depois da chuva desta terça-feira (17). “A chuva durou pouco mais de uma hora, mas foi um volume fora do normal. Agora, conforme os problemas mais críticos forem aparecendo, nós já vamos corrigindo as estradas para garantir que haja trafegabilidade, especialmente para o transporte escolar e o escoamento da produção nas estradas mais utilizadas”, destacou o secretário de Agricultura, Osmar Wessler.
Segundo o secretário, o desgaste das estradas não se deve tanto ao volume das chuvas, mas sim à falta das curvas de nível nas propriedades, que estão fazendo que a água invada a estrada e cause grandes estragos. “Hoje, 60% das propriedades rurais estão colaborando para comprometer a trafegabilidade nas estradas. Já iniciamos hoje mesmo um trabalho de vistoria mais intenso, propriedade por propriedade, exigindo a adequação à Lei de Ocupação de Solo, que prevê as curvas de nível em todas as propriedades rurais. Vamos notificar e dar e um prazo para a adequação e, se não formos atendidos, vamos repassar o caso à Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), que o órgão competente inclusive para multar. Precisamos que os produtores se conscientizem e façam sua parte”, finalizou Wessler.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí