Produção industrial do Paraná tem segunda maior alta do Brasil


  

A produção industrial do Paraná atingiu a segunda maior alta do País, com crescimento de 15,1% em julho, na comparação com o mesmo período de 2007, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná foi superado apenas por Goiás (17,6%) e seu índice ficou bem acima do nacional (8,5%).

Entre os Estados do Sul, o Paraná apresentou larga vantagem. O Rio Grande do Sul apresentou alta de 6,2% e Santa Catarina, de 3,6%. O Paraná também alcançou elevação de 2,1% em julho, na variação sobre o mês anterior. A taxa Brasil, nesse comparativo, ficou em 1%.

No acumulado de janeiro a julho, o Paraná aumentou de 11,8% contra 6,6% do índice Brasil. Nos últimos doze meses, o Paraná também segue entre os maiores desempenhos nacionais, com alta de 9,3%, superando ainda a produção industrial brasileira, que fechou com alta de 6,8%. Em 12 meses, o Paraná só perde para o Espírito Santo em crescimento (13,9%) e empata com São Paulo (9,3%).

Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a política tributária que o governo do Estado adota tem reflexo direto sobre os bons resultados das empresas paranaenses. “São 172 mil micro e pequenas empresas, em um universo de aproximadamente 217 mil registradas, beneficiadas com isenção ou descontos no pagamento de tributos”.

A isenção, segundo o secretário, permite ao empreendedor maior capital de giro para investir, novos empregos e competitividade para entrada no mercado internacional.

Outro ponto levantado por Moreira Filho é o perfil da produção paranaense apresentado pelo IBGE. Atualmente, o Paraná é destaque nacional pela forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de máquinas e equipamentos, e de setores associados às commodities exportadas. “Atualmente, o pequeno e médio empresários também encontram acesso ao comércio exterior e novos países recebem produtos estaduais”, completa o secretário.

No índice mensal, a produção paranaense mostrou expansão de 10 dos 14 segmentos pesquisados, sendo a principal contribuição positiva de veículos (38,5%), principalmente na produção de caminhões.

Os demais destaques ficaram para edição e impressão (41,1%), refino de petróleo e produção de álcool (22,6%), alimentos (8,3%) e minerais não-metálicos (56,3%). Por outro lado, máquinas e equipamentos (-12,4%) exerceram a principal pressão negativa, influenciados pela queda na fabricação de refrigeradores ou congeladores.

No acumulado nos sete primeiros meses do ano (11,8%), 10 dos 14 ramos tiveram desempenhos positivos. Veículos automotores (34,6%), edição e impressão (33,3%), máquinas e equipamentos (14,3%) e celulose e papel (15,3%) exerceram as principais contribuições. O impacto negativo mais significativo veio de produtos químicos (-10,3%).

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Paraná já acumula vendas de US$ 9,451 bilhões em sete meses, evolução de 38,96%, sobre período de 2007.

Para o Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai -, as exportações paranaenses passaram de US$ 884 milhões em 2007 para atuais US$ 1,411 bilhão, alta de 59,65%.

As importações também apresentaram forte aceleração: de US$ 550 milhões para US$ 932 milhões (alta de 69,53%). O saldo do Paraná com os países do bloco até agora chega a US$ 479 milhões.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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