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A produção industrial do Paraná atingiu a maior alta do País, com crescimento de 4,3% na variação entre abril e maio deste ano, segundo pesquisa divulgada sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice nacional apontou queda de 0,5%. O Estado também alcançou elevação de 14% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, sendo superado apenas pelo Espírito Santo (20,3%) e garantindo o 20.º resultado positivo consecutivo da indústria paranaense. A taxa do Brasil ficou em 2,4%.
Entre os estados do Sul, o Paraná aponta larga vantagem na indústria. Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram variação de -4,2% e -3,1% respectivamente – as piores taxas registradas entre todos Estados.
No acumulado de janeiro a maio, o Paraná apresentou aumento de 11% contra 6,2% do índice Brasil. Nos últimos doze meses, o Paraná também segue entre os maiores desempenhos nacionais, com alta de 8,1%, superando ainda a produção industrial brasileira que fechou com alta de 6,7%.
Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o Paraná consolidou seu caráter industrial com políticas públicas voltadas principalmente ao pequeno e médio empreendedor. “Ao implantarmos decretos e incentivos estabelecidos de forma transparente, o grande empresário também passou a investir no Paraná e hoje somos um dos principais pólos de investidores do Brasil”.
Outro ponto levantado por Moreira Filho é o perfil da produção paranaense apresentado pelo IBGE. Atualmente, o Paraná é destaque nacional pela forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de máquinas e equipamentos, e de setores associados às commodities exportadas. “Nossas empresas encontraram novos nichos de mercado e o Mercado Comum do Sul se tornou um dos maiores parceiros comercias de produtos paranaenses”, completa o secretário.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apenas nos primeiro cinco meses de 2008, as exportações paranaenses para o bloco sul-americano apresentaram alta de 65%, em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a US$ 949 milhões. As importações atingiram US$ 632 milhões, evolução de 72,37%. Com isso, o saldo da balança comercial do Estado ficou em US$ 317 milhões.
DESTAQUE - No índice mensal, a produção paranaense mostrou expansão de 14%, com oito das 14 atividades pesquisadas, assinalando taxas positivas, com destaque para edição e impressão (alta de 207,6%). O IBGE explica que este crescimento atípico se deve ao aumento de encomendas especiais de livros e impressos didáticos registrados no período. O setor de veículos automotores teve crescimento de 14,1% e de alimentos 8,4%, em grande parte, impulsionados pelos acréscimos na fabricação de caminhões, no primeiro ramo, e de carnes e miudezas de aves e rações no segundo.
Por outro lado, os principais destaques negativos vieram de produtos químicos (-22,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,1%) e madeira (-9%).
O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 11%, com oito ramos aumentando a produção em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores contribuições positivas na formação da taxa geral vieram de veículos automotores (35,5%), máquinas e equipamentos (20,6%), edição e impressão (25,2%) e celulose e papel (14,9%). Os impactos negativos mais relevantes vieram de alimentos (-3%) e produtos químicos (-12,2%), pressionados principalmente pela queda na produção de carnes e miudezas de aves e amônia.
Fonte: Agência Estadual de Notícias