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O Paraná é o segundo estado mais desenvolvido do Brasil pelo terceiro ano consecutivo, aponta a terceira edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O levantamento, que usa dados de 2007, aponta o crescimento do Paraná nas três áreas analisadas — saúde, educação, emprego e renda.
No ranking dos estados, São Paulo e Paraná são os únicos a registrar alto nível de desenvolvimento. O Paraná lidera em saúde. Em 2007, o IFDM do Paraná era de 0,8244 pontos, um crescimento de 2,1% em relação a 2006 (0,8074). Em 2000, o Paraná era o quarto colocado, com pontuação de 0,6522 — ou seja, o Estado avançou 26,4% em sete anos.
O ranking criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro tem o objetivo de acompanhar a evolução dos municípios e Estados brasileiros. O Índice que classifica o desenvolvimento humano varia de 0 (pior) a 1 (melhor). Os critérios de análise estabelecem quatro categorias — baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano.
De acordo com o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), José Moraes Neto, a evolução obtida pelo Paraná confirma o resultado positivo das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social e inclusão das camadas mais carentes da população.
“Este crescimento se deve aos benefícios do desenvolvimento implantados pelos governos federal e estadual nos últimos anos. O Paraná teve como prioridade a redução dos desequilíbrios estaduais e regionais. Caso essa política se confirmar, o Paraná tem tudo para que nos próximos anos se veja livre dessas chagas sociais que são a miséria e a falta de oportunidade para os paranaenses”, disse Moraes.
Dos 399 municípios do Paraná, 20 possuem alto desenvolvimento humano — sete a mais do que em 2006. Estes 20 municípios concentram 44% da população do Estado. Ao mesmo tempo, o número de municípios com desenvolvimento regular, ou seja, abaixo de 0,6 pontos, diminuiu de 30 para 24. Neles, vivem apenas 2% dos paranaenses.
Com a pontuação obtida por seus municípios em 2007, o Estado conseguiu ampliar a participação dentre os 500 maiores IFDM do ranking nacional. Se, em 2006 eram 39 cidades, em 2007 elas passaram a 46. No mesmo sentido, a capital paranaense melhorou sua colocação e subiu da 75.ª colocação nacional para a 47.ª.
Saúde — A saúde do Paraná foi classificada como a mais desenvolvida do País, com índice de 0,8762 — que aponta alto desenvolvimento humano na área. O Índice teve crescimento de 11% ante 2000, quando a nota era de 0,7959.
Para compor o IFDM-Saúde, a Firjan analisou dados oficiais do Ministério da Saúde do ano de 2007 — número de consultas pré-natal, óbitos infantis por causas evitáveis, óbitos por causas mal definidas. Dos 399 municípios paranaenses, 67,2% avançaram frente a 2006.
Para o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior, programas como o Nascer no Paraná: Direito à Vida são determinantes para o excelente desempenho na nessa área.
Esse programa já garantiu a construção de 104 Centros da Saúde da Mulher — outros 72 estão em construção; até o final do ano, 150 estarão em funcionamento. O orçamento para investimentos na saúde passou de R$ 415 milhões, em 2000, para R$ 2,5 bilhões em 2010. O número de UTIs Neonatais passaram de 169 para 320. A taxa de mortalidade infantil, que era de 19,4 para cada mil nascidos vivos, em 2000, caiu para 12,5, em 2009.
Emprego e Renda — O Índice Firjan do Paraná subiu de 0,8344, em 2006, para 0,8427, em 2007, influenciado pelo bom desempenho da geração de empregos formais no Estado no período. Esse movimento garantiu a classificação como alto desenvolvimento e a terceira posição no ranking estadual, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. Os seguintes componentes são considerados nessa área — geração de emprego formal, estoque do emprego formal e salários médios do emprego formal.
Em 2000, foram gerados 28.143 empregos com carteira no Paraná. No ano de 2007, esse número foi de 122 mil novos postos. “Este resultado é fruto também do Governo do Paraná, que apoia o trabalhador. Ações como o incentivo para micro e pequenas empresas, a isenção e redução de impostos e o maior salário mínimo regional do País são algumas iniciativas que dão uma condição especial ao Paraná. Tudo isso se reflete na geração de empregos em todo o Estado”, avalia o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Tércio Albuquerque.
Educação— O IFDM da educação do Paraná teve um crescimento considerável em 2007 (0,7544) ante 2006 (0,7216). É o quinto melhor resultado dentre os estados brasileiros. O índice leva em conta o percentual de docentes com nível superior, a média de horas-aula diárias, taxa de distorção idade-série, Ideb e taxa de abandono escolar, todos referentes ao ensino fundamental.
A secretária estadual de Educação, Yvelise Arco-Verde, aponta diversas ações do Estado para a melhoria do ensino. “Foi realizado um investimento maciço em diretrizes curriculares. Houve discussão profunda com os professores de cada disciplina, sobre o que, para quem e como ensinar. Esse índice vai impactar diretamente a questão do Ideb que mede a produtividade do aluno”, observou.
Também foram implantados programas específicos para evitar o abandono, com parcerias com outras instituições como o Ministério Público. O Estado vai atrás dos alunos faltantes para saber a causa do abandono, e tenta intervir no problema.
No Paraná, todos os docentes concursados possuem ensino superior. Dos mais de 55 mil novos funcionários, 75% são do magistério. Em 2002, 70% dos professores eram contratados, hoje 88% pertencem ao quadro próprio do Estado.
A formação continuada para todos os professores com cursos, atualizações e simpósios, foi outro programa que Yvelise ressaltou. Para os professores que possuem mais de 15 anos na carreira, há um programa de especialização que leva o docente à universidade por dois anos. Ali, ele discute e estuda problemas do magistério, buscando soluções que possam ser aplicadas na escola.
Quanto ao fato de que os indicadores da educação pelo IFDM não acompanharem o mesmo grua de desenvolvimento das outras áreas, Yvelise observa que o atendimento infantil ainda é algo novo no Brasil, e não é universalizado.
“Este é um atendimento que cabe às redes municipais. O impacto é baixo porque se trata de um investimento em creches, e os municípios ainda priorizavam o ensino de 1.ª à 4.ª séries. Acredito que ainda vá demorar alguns anos para que os municípios consigam universalizar esse atendimento”, projetou Yvelise.
Fonte: Agência Estadual de Notícias