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A produção das indústrias do Paraná cresceu 12% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (4/4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o 17.º resultado positivo consecutivo da indústria paranaense, superando a média nacional de 9,7%.
O Estado apresentou queda de 1,5% no índice sazonal com relação a janeiro deste ano. Ainda assim, o Paraná apresenta o terceiro melhor índice do país no acumulado do bimestre de 2008 (15,3%), contra 9,2% do índice Brasil. Já no acumulado nos últimos 12 meses, o Paraná também segue entre os maiores desempenhos nacionais, com alta de 8,1%.
Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o setor automotivo foi o responsável pelo avanço da produção industrial no mês de fevereiro, com alta de 47,7%. “É cada vez maior a participação de produtos com alto valor agregado e tecnológico na produção industrial paranaense”, afirmou. Para o secretário, a implantação de políticas públicas voltadas ao dinamismo empresarial, hoje, facilita que o setor automotivo invista e aumente sua capacidade produtiva inclusive para o mercado exterior, como os países do Mercosul.
Agricultura – Na análise do IBGE, a explicação do aumento da produção paranaense vai além da ampliação na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis) e de setores produtores de bens de capital (para transporte ou para fins industriais). A recuperação do setor agrícola (máquinas para colheita, tratores e adubos ou fertilizantes) foi fundamental para o crescimento industrial no Estado.
Em fevereiro, a produção paranaense avançou 12%, com alta em nove das quatorze atividades pesquisadas. Além de veículos automotores (47,7%), destacaram-se no levantamento máquinas e equipamentos (25,7%), refino de petróleo e produção de álcool (28,2%) e celulose e papel (14,2%). Nestes ramos, os acréscimos foram na produção de caminhões e automóveis, máquinas para colheita e refrigeradores ou congeladores, óleo diesel e cartolina.
O setor de alimentos foi o principal destaque negativo (-13,2%), influenciado em grande parte pela queda na produção de carnes e miudezas de aves e óleo de soja refinado. No acumulado no ano, o Paraná mostra expansão de 15,3%, com doze dos quatorze ramos aumentando a produção. As maiores contribuições positivas foram de veículos automotores (47,1%), máquinas e equipamentos (28,1%), refino de petróleo e produção de álcool (15,3%) e celulose e papel (14,4%). Entre as pressões negativas, alimentos (-2,9%) e bebidas (-3,8%).
Investimentos injetam R$ 6,8 bilhões no Paraná
O Paraná recebe investimentos da ordem de R$ 6,8 bilhões em todo o território. Empresas de grande porte, que já estão em processo de negociação e instalação no Estado, devem gerar pelo menos 30 mil empregos diretos e indiretos. Segundo levantamento realizado pelo governo estadual, além de novos empreendimentos, os investimentos englobam também as ampliações de empresas já instaladas.
São empresas como Fiat, CCE, Bit Way, Eletrolux, Perdigão, Leão Júnior, Sadia, Frimesa, Nutrimental, Klabin, Eternit, Repar (Refinaria de Petróleo da Petrobrás), América Latina Logística, SIG Comblibloc, Dynapar, Corol, Companhia Providência e Dixie Toga. “O Paraná é um Estado que possui boa infra-estrutura – como malha rodoviária, aeroportos, portos e universidades – que garante mercado propício para a atração de novos investimentos”, avaliou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.
Dentre as principais empresas que anunciaram a vinda para o Paraná está a Fiat Power Technologies (FPT). O grupo Fiat comprou, em março deste ano, a Tritec Motors, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e pretende transformar a fábrica na maior produtora de motores para veículos da América Latina. Serão investidos R$ 250 milhões e gerados 500 empregos diretos, cinco vezes mais que os 100 postos de trabalho que eram mantidos pela Tritec.
Outro exemplo de um grande grupo que pretende investir no Paraná é o CCE, um dos maiores fabricantes de áudio e vídeo do País, que deve instalar uma fábrica da Digibrás Industrial do Brasil em São José dos Pinhais (RMC). Esta vai ser a segunda maior fábrica de computadores do Estado e a expectativa é gerar inicialmente 600 empregos diretos.
Fonte: Agência Estadual de Notícias