Paraná abriu 24 mil vagas de emprego em sete meses


  

O Paraná seguiu a tendência de recuperação do mercado de trabalho em julho, com um saldo de 959 vagas. Com isso, o Estado já acumula, de janeiro a julho, a criação de 24.041 empregos com carteira assinada, já descontadas as demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Foi o quinto melhor saldo do país, atrás de São Paulo (86.049), Minas Gerais (68.454), Goiás (45.142) e Mato Grosso (26.510). No Sul, o Paraná liderou a geração de emprego, à frente de Santa Catarina (22.458) e Rio Grande do Sul (262).

Para Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, os dados confirmam a recuperação gradativa do mercado de trabalho. “Talvez não na velocidade desejada, mas o Paraná vem degrau por degrau melhorando os níveis de abertura de novas vagas”, diz.

O secretário de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior, diz que os números consolidam o processo de retomada definitiva da geração de emprego, com mais um mês de saldo positivo. “Estamos em uma crescente, e isso concretiza e mantém as decisões do governador Beto Richa que foram certas. Com isso a economia dá sinais de recuperação em seus segmentos e consolida o Paraná entre os melhores estados colocados”.

O bom resultado do Paraná foi puxado principalmente pela indústria e pelo setor de serviços, que somam saldos de 11.282 e 13.021 respectivamente. “A indústria vem dando resposta e mostra que buscou caminhos alternativos à crise. Os serviços, por sua vez, vêm criando mais emprego com o reaquecimento da demanda interna”, diz Suzuki Júnior.

Na indústria, os destaques foram os setores químico, de produtos farmacêuticos, veterinários e de perfumaria, com 1.075 vagas. A indústria têxtil, de vestuário e artefatos de tecidos ficou com saldo de 2.919, e indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 5.694.

No setor de serviços, os maiores saldos foram no comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos (4.640), serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (3.260) e ensino (3.092).

Setores - Dos oito setores pesquisados no Caged, o Paraná teve resultado positivo em seis. Além da indústria e dos serviços, destaques para a agropecuária (2.750), administração pública (194), construção civil (184) e serviços industriais de utilidade pública (125). Os únicos resultados negativos vieram do comércio, com a eliminação de 3.447, e atividade extrativa mineral, com redução de 67 vagas.

As regiões Sudoeste e Oeste concentram os municípios que mais geraram emprego. Pato Branco foi a cidade que acumulou o maior saldo de vagas nos primeiros sete meses do ano no Estado, com 1.647 vagas. Maringá ficou em segundo lugar, com 1.605, seguida por Cascavel (1.542), Palotina (1.197) e Apucarana (1.009).

No mês de julho, o destaque também foi a indústria de transformação, com saldo de 789 postos, seguida do setor de serviços com (772) postos formais de trabalho.

Julho não apresentava saldo positivo de empregos desde 2014. Em 2015 registrou saldo negativo de (-12.355) e 2016 (-5.618) postos.

A novidade do mês foi a recuperação do comércio, que voltou a apresentar números positivos com saldo de 102 postos. A expectativa é que o comércio varejista também se recupere nos próximos meses, por conta das vendas de fim de ano. A agricultura apresentou saldo positivo de 249 vagas.

Situação Fiscal -Para Suzuki Júnior, Estados com boa situação fiscal, como o Paraná, têm obtido bons resultados no emprego nos últimos meses. Das 27 unidades da federação, 17 tiveram saldos positivos, de acordo com o Caged. Entre as que tiveram resultados negativos, o pior desempenho veio do Rio de Janeiro, justamente um Estado que enfrenta graves problemas financeiros.

Foram eliminadas 74.760 vagas no acumulado de janeiro a julho no Rio. A deterioração das contas públicas do Rio contribui, ainda que indiretamente, para a piora do mercado de trabalho.

De acordo com Suzuki Júnior, o atraso no pagamento de salários, de pensões e de fornecedores gera um efeito em cadeia na economia, provocando queda do consumo e demissões. “No Paraná tem ocorrido o contrário, com a boa situação financeira contribuindo para gerar consumo e, indiretamente, emprego”, acrescenta.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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