Emprego industrial recua no Paraná em fevereiro


  

O pessoal ocupado assalariado na indústria paranaense apresentou taxa de -5,9% no mês de fevereiro, em relação a igual período do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (09), pelo IBGE. Esse é o sexto resultado negativo consecutivo da indústria estadual, o que, segundo o Ipardes, não deixa dúvida quanto aos efeitos da crise mundial.

As maiores quedas no emprego industrial em fevereiro foram registradas pelos segmentos madeireiro (-25,5%), químico (-21,2%) e de vestuário (-18,3%). Por outro lado, os ramos de fumo e refino de petróleo e produção de álcool apresentaram bom desempenho, com índices de 72,7% e 34,5%, respectivamente, do pessoal ocupado.

De acordo com análise do coordenador de conjuntura do Ipardes, Julio Suzuki, os setores que tiveram maior queda no número de empregos, embora não sejam tão significativos na composição da renda industrial, são grandes empregadores de mão-de-obra, o que justifica a produção da indústria ter crescido 5,7% em fevereiro e o índice de emprego ter diminuído.

A indústria madereira tem sido fortemente afetada pela queda do consumo dos países envolvidos, principalmente Estados Unidos e Europa, já que é grande fornecedora para a construção civil.

O setor químico vem sendo afetado pela queda na renda agrícola, uma vez que é importante fornecedor de adubos e fertilizantes. Já o setor de vestuário vem enfrentando forte concorrência internacional, principalmente de produtos chineses.

Já em relação à folha de pagamento da indústria, verifica-se decréscimo real de 3% em fevereiro, refletindo o menor número de ocupações no setor manufatureiro do Estado. No primeiro bimestre de 2009, o total das remunerações aos assalariados recuou 1,9%, enquanto no acumulado dos últimos doze meses houve aumento de 6,2%.

Para o presidente do Ipardes, Carlos Manuel dos Santos, as últimas estatísticas conjunturais destacam a importância da desoneração de ICMS de segmentos industriais que vêm sendo mais afetados pela crise, como o setor de alimentos e vestuário, caracterizados pelo consumo popular

Santos referiu-se à iniciativa do governador Roberto Requião em reduzir o principal imposto do Estado, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), de 25% e 18% para 12%, de 95 mil itens, todos de grande consumo da população.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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