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O setor de serviços foi o campeão de saldo de vagas com carteira assinada no Paraná no primeiro semestre de 2016, com uma diferença positiva entre admitidos e demitidos de 1.831 empregos. A agropecuária ficou em segundo lugar, com saldo positivo de 1.471 vagas, e a administração pública, com 441 vagas. Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira (27/7) pelo Ministério do Trabalho.
No acumulado de janeiro a junho, o saldo estadual foi negativo em 16.512 vagas, fruto da diferença entre 568.161 admissões e 584.673 demissões. “O desempenho ainda foi impactado principalmente pelos resultados negativos da indústria e do comércio, fruto de um efeito em cadeia da crise. Com o aumento do desemprego, o consumo cai e as vendas no comércio têm retração”, diz a economista Suelen Rodrigues dos Santos, do Observatório do Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos. “Mas em junho já se observa uma redução da trajetória de perdas de postos de trabalho”, diz.
O Estado fechou junho com um saldo negativo de 7.130 postos formais de trabalho – diferença de 87.374 admissões e de 94.504 demissões. No mesmo período do ano passado, o saldo havia sido negativo em 8.893 empregos. Boa parte desse resultado se deve, mais uma vez, à agropecuária, com saldo positivo de 460 vagas, influenciada pelas contratações para a colheita da safra de laranja. “Graças ao setor agropecuário, o ritmo de perda de vagas perdeu ritmo no Estado”, afirma Suelen.
Em junho, o município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi o que obteve maior saldo, com 359 novas vagas, puxadas pelas contratações da indústria de material de transporte e a fabricação de cosméticos. Entre as atividades que registraram os maiores saldos foram trabalhadores agrícolas da fruticultura, com 547 vagas, e trabalhadores em montagem de veículos, com 456 vagas. Na colheita da laranja, os destaques ficaram com os municípios de Paranavaí, com saldo de 95 vagas e Guairaçá, com saldo de 177.
Brasil perdeu 91 mil postos formais de trabalho em junho
Em junho, 91.032 vagas de empregos formais foram fechadas no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (27) pelo Ministério do Trabalho. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho.
No entanto, o resultado melhorou em relação a junho de 2015, quando foram fechados 111.199 postos formais. No acumulado deste ano, o Caged contabiliza 531.765 vagas fechadas e, nos últimos 12 meses, o saldo chega a 1,765 milhão de postos com carteira assinada a menos.
O setor de serviços registrou a maior queda de vagas formais em junho deste ano, com fechamento de 42.678 postos de trabalho. O setor inclui a atividade bancária, transportes, comunicações, ensino e serviços médicos, por exemplo.
A indústria da transformação teve a segunda maior perda de postos, com fechamento de 31.102 vagas. A construção civil fechou 28.149 vagas e o comércio, 26.787 postos.
As únicas atividades com novas vagas abertas foram a agricultura e a administração pública. A primeira abriu 38.630 postos em junho e a segunda, 790 vagas.
As maiores perdas de postos de trabalho foram registradas em São Paulo, com fechamento de 29.914 vagas. Em segundo lugar está Rio de Janeiro, com recuo de 15.748, e em terceiro o Rio Grande do Sul, com menos 10.340 vagas.
O emprego formal teve resultado positivo somente em oito unidades da Federação em junho. Foram elas: Minas Gerais (4.567), Goiás (3.369), Mato Grosso (2.589), Acre (191), Piauí (101), Amapá (54), Mato Grosso do Sul (35) e Maranhão (17).
Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.
Fontes: Agência Estadual de Notícias e Agência Brasil