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O governador Carlos Massa Ratinho Junior inaugurou nesta quarta-feira (20/4) a nova sede do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Noroeste, também conhecido como Colégio Agrícola do Noroeste. A unidade, localizada em Diamante do Norte, recebeu investimento de R$ 11,5 milhões do Governo do Estado e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), sendo a maior parte (60%) custeada pelo Estado.
Colégio Agrícola do Noroeste
Com a nova estrutura, o Colégio Agrícola vai melhorar as atividades do curso técnico de Agropecuária, que funciona em período integral e conta com cerca de 290 alunos matriculados, a maioria em regime de internato. O CEEP é referência para 35 municípios vizinhos, incluindo o Noroeste paranaense e também os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A obra iniciou em janeiro de 2020, após o contrato ter sido adiado por diversas vezes em gestões anteriores. O primeiro foi assinado em 2009 e chegou a ter dez aditivos sem que as obras saíssem do papel, o que só foi acontecer 11 anos depois, na gestão de Ratinho Junior. “A estrutura do Colégio Agrícola estava sucateada, mas com planejamento e investimento conseguimos modernizar essa unidade, que é referência para toda a região”, disse o governador.
Ratinho Junior destacou a excelência da unidade na formação de profissionais que vão atuar no agronegócio, em uma das regiões mais produtivas do Paraná. “Nosso plano, agora, é transformar todos os colégios agrícolas em pequenas cooperativas, em que a produção local será vendida à comunidade, retornando em forma de recursos para a escola”, afirmou.
“Além disso, os estudantes sairão não apenas como técnicos, mas como gestores e empreendedores, capacitados para o mercado de trabalho e para gerir as propriedades de suas famílias”, salientou. “O Paraná é o supermercado do mundo, e os estudantes daqui serão os gerentes desse supermercado. Com dedicação e aprendizado, vão ajudar o Estado a fornecer alimentos de qualidade para o planeta”.
Ratinho Junior destacou ainda que desde o início de sua gestão, o Governo do Estado, por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), entregou 277 obras escolares, com investimento de R$ 95,1 milhões. Os recursos viabilizaram a construção de novas unidades, a retomada de obras, incluindo as das escolas investigadas na Operação Quadro Negro, e obras de reparos.
O prefeito de Diamante do Norte, Eliel Santos Corrêa, destacou a abrangência regional do CEEP. “É um colégio que atende não apenas Diamante do Norte, mas que atinge todo o Noroeste do Paraná, mais de 30 municípios vizinhos”, disse. “Com essa obra, temos agora um local adequado, onde os pais tem segurança para deixar os seus filhos, porque a estrutura antiga deixava a desejar”.
“Daqui, saem alunos prontos para trabalhar em várias áreas da agricultura e da pecuária, muitos se formam e já têm emprego garantido e também ajudam na agricultura familiar. Essa escola é a vida da região Noroeste”, salientou a diretora do Núcleo Regional de Educação de Loanda, Sônia Cazarim.
Obra – A nova unidade tem área de 6,7 mil metros quadrados, com salas de aula, alojamentos masculino e feminino, ginásio, laboratórios de informática, de agroleite, agrocarnes e agrovegetais, biblioteca, cozinha e lavanderia.
A nova sede foi construída em uma área da Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a seis quilômetros do atual colégio agrícola, em um local onde os estudantes já faziam algumas atividades práticas. Fundado em 1991, o CEEP ocupava até então o antigo alojamento dos trabalhadores que ergueram a Usina de Porto Primavera, na margem paulista do Rio Paraná, construído em 1980.
“Comparando com o que tínhamos até o ano passado, agora estamos no paraíso. O espaço anterior não foi construído para abrigar um colégio, era uma estrutura antiga que não comportava as atividades e nem oferecia a segurança necessária aos estudantes”, explicou o diretor do CEEP do Noroeste, Ivo Suzuki. “Temos agora espaços adequados e o nosso grande laboratório que é o campo. Escolas agrícolas demandam muita estrutura, e já temos planos de ampliar a unidade”.
Agora, todas as atividades ficarão concentradas em um único local — anteriormente, os alunos tinham que se deslocar até a fazenda experimental para fazer parte das atividades práticas. No curso técnico de Agropecuária os estudantes fazem o cultivo de horta e lavouras, criação de animais e contam também com uma agroindústria para o processamento dos alimentos que saem do campo e viram conservas, doces, carnes e laticínios.
Na agricultura, são produzidos mandioca, uma das principais culturas do Noroeste, feijão e pastagem. A atividade pecuária inclui a criação de bovinos, caprinos, suínos e aves. O local também abriga uma fábrica de ração, que produz os alimentos dos animais criados na fazenda.
Estudante do segundo ano do colégio, Bruna Stefany Bachiegas, de 16 anos, disse que a nova unidade vai facilitar a aprendizagem. “A estrutura antiga era bem precária, não foi projetada para ser uma escola, a gente ficava até com medo quando chovia”, contou. “O ensino é ótimo, me deu uma nova projeção para o futuro, pretendo sair daqui a cursar agronomia. Agora, com um espaço adequado, mais perto da fazenda para as aulas práticas, tudo ficará melhor”.
Fonte: Agência Estadual de Notícias