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O Paraná está solicitando a abertura da fronteira com Santa Catarina para o restabelecimento do comércio de carnes com osso entre os dois Estados.
A iniciativa é da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná e foi definida depois do reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de que o Paraná reconquistou seu status de área livre de febre aftosa com vacinação, conforme foi anunciado no início desta semana.
O diretor do departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Silmar Bürer enviou ofício ao serviço de Defesa Agropecuária de Santa Catarina, Gécio Humberto Meller na última quarta-feira (28). “A medida visa restabelecer a normalidade do intercâmbio comercial de animais bovinos e suínos e produtos entre Paraná e Santa Catarina, devendo beneficiar os setores produtivos, industrial e comercial dos dois estados”, justificou.
Segundo Bürer, o comércio de carnes com osso do Paraná para Santa Catarina foi suspenso em outubro de 2005, quando houve a suspeita de febre aftosa no rebanho paranaense. Desde então, o estado catarinense liberava apenas o trânsito de carne desossada. Outro benefício decorrente da abertura das fronteiras será o pleno restabelecimento do trânsito de suínos de alta genética, comum entre os dois estados.
As Granjas de Reprodutores Suínos Certificados (GRSC) do Paraná, com animais de alta linhagem, precisam de autorização do serviço catarinense de sanidade agropecuária, acompanhada de provas sorológicas negativas para febre aftosa dos animais enviados àquele Estado. “Com a abertura da fronteira, a sorologia poderá ser suspensa”, acredita Bürer.
Outros procedimentos que podem ser adotados após o Estado ter reconquistado o status de área livre de febre aftosa com vacinação junto à OIE serão discutidos entre os estados do Circuito Pecuário Centro Oeste durante reunião do Fórum Nacional das Entidades Executoras de Sanidade Agropecuária (Fonesa), que vai acontecer nos próximos dias 5 e 6 de junho, em Belo Horizonte (MG). Entre os assuntos que serão discutidos estão os métodos nas campanhas de vacinação contra febre aftosa que podem ser adotados nos Estados, antecipou Bürer.
Indústria - As indústrias de carnes paranaenses estão aguardando com ansiedade essa decisão porque o mercado catarinense de carnes é o maior centro consumidor depois do Rio de Janeiro e São Paulo, disse o presidente do Sindicato da Indústria da Carne do Paraná (Sindicarnes), Péricles Salazar.
Segundo Salazar, os quatro frigoríficos paranaenses que foram habilitados a exportar carne bovina para a Rússia já iniciaram o trabalho de reconquista do mercado internacional. O executivo acredita que até o mês de junho eles devem iniciar os primeiros embarques de carne para a Rússia.
Foram autorizados a exportar carne para a Rússia os frigoríficos Mercosul nos municípios de Nova Londrina e Paiçandu, o frigorífico JBS em Maringá e o Margen, em Paranavaí.
Fonte: Agência Estadual de Notícias