Clusters industriais crescem no Paraná


  

Cinco novos pólos produtivos do estado vão começar a receber apoio do governo federal. Eles são das áreas de softwares, metais sanitários, implementos agrícolas, confecções e derivados de mandioca. Os 17 arranjos produtivos locais existentes no Paraná geram 60 mil empregos.

Omar Nasser, da Fiep

Curitiba – Cinco pólos de produção do Paraná ganharam prioridade no país. São arranjos produtos locais, chamados de APLs, regiões onde empresas de um mesmo setor atuam em cooperação. Cinco deles passarão a integrar o grupo de APLs prioritários do governo federal: software em Curitiba, metais sanitários em Loanda, no Oeste do estado, confecções, na região Sudoeste, equipamentos e implementos agrícolas, nas cidades de Cascavel e Toledo, também no Oeste paranaense, e derivados da mandioca, em Paranavaí, na região Noroeste. Os novos APLs, que se somam a outros seis já apoiados pelo governo federal no estado, começam, a partir de 2008, a receber recursos das linhas de financiamento oficiais.

Os clusters paranaenses selecionados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) devem elaborar um plano de desenvolvimento e encaminhá-lo, no começo do ano que vem, ao órgão. O Ministério fará a avaliação das propostas e articulará o financiamento das ações e projetos junto às instituições que fazem parte do Grupo de Trabalho Permanente para APLs, do governo federal. O Grupo é formado por representantes do próprio MDIC, dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, BNDES, Banco do Brasil, Ipea e Sebrae, entre outras instituições.

No Paraná, os APLs que recebem apoio do MDIC desde 2004 são os de cal e calcário, na Região Metropolitana de Curitiba, bonés, em Apucarana, madeira e esquadrias, em União da Vitória, confecções, em Cianorte e Maringá, moda bebê, em Terra Roxa, e móveis, em Arapongas. Atualmente, a Federação das Indústrias do Paraná, um dos parceiros da Rede APL no estado, trabalha com 17 arranjos industriais, que englobam cerca de três mil indústrias e geram cerca de 60 mil empregos diretos.

De acordo com as normas do MDIC, um APL deve ter um número significativo de empreendimentos no território e de indivíduos que atuam em torno de uma atividade produtiva predominante, que compartilhem formas percebidas de cooperação e algum mecanismo de governança”. O resultado dessa união é o desenvolvimento do setor. “Após nos reunirmos em Arranjo Produtivo Local, aumentamos nossa produção de metais sanitários de 700 mil para 1,3 milhão de peças por mês”, conta o gestor do APL de metais sanitários de Loanda, Marcio Moraes.

Em Campo Mourão, no Noroeste do Paraná, o destaque também é a integração entre as empresas. “Nossas indústrias não são concorrentes. Isso porque produzem equipamentos diferentes e também pela característica do APL, que nasceu de uma incubadora de empresas”, afirmou o gestor do APL da área médica, Ater Cristófoli.

Na região de Arapongas, no Norte do estado, sobressai-se o APL de móveis. Entre 2000 e 2006, o faturamento do setor, em termos nominais, dobrou, passando de R$ 480 milhões para R$ 916 milhões. No mesmo período, as exportações foram multiplicadas por quatro. Subiram de R$ 15,2 milhões para R$ 68,6 milhões. No ano passado, as vendas de móveis do Paraná para o Oriente Médio e Norte da África totalizaram R$ 3,8 milhões.

Fonte: ANBA / Federação das Indústrias do Paraná






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