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À zero hora deste domingo (21/10), começará em 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, mais uma edição do horário brasileiro de verão.
Nestes locais os relógios serão adiantados em 60 minutos, deixando o domingo mais curto, com 23 horas de duração. A operação inversa, que marca o fim do horário de verão, será à zero hora do dia 17 de fevereiro do ano que vem, igualmente um domingo. Ao recuar os ponteiros de volta para as 23 horas, o dia 16 de fevereiro (sábado) vai durar 25 horas.
Conforme estimativas preliminares da Copel com base no histórico de edições anteriores, o horário de verão permitirá uma redução da ordem de 5% nos níveis máximos de demanda por energia elétrica durante o período crítico do dia – o chamado “horário de ponta”, que se dá entre 18h e 21 horas e, com o novo horário, acaba sendo deslocado para o período entre 19 e 22 horas.
Isso corresponde a dispensar a injeção de 215 megawattts de potência no sistema elétrico estadual durante as horas de maior consumo simultâneo. Tal valor equivale à demanda máxima da Região Metropolitana de Londrina ou, ainda, a duas vezes a demanda na ponta de todo o Litoral durante o verão.
Reduzir demanda
Diferentemente do que muita gente pensa, a principal finalidade do horário de verão não é reduzir o consumo de eletricidade, mas distribuir de maneira mais racional a elevação da demanda das diversas classes consumidoras durante o horário de ponta, aliviando as condições de operação de instalações como usinas geradoras, subestações e linhas de transmissão.
Existe sim redução nos níveis de consumo, mas ela é muito discreta, da ordem de 0,5%. Ela se dá basicamente em razão da maior disponibilidade de luminosidade natural, o que permite reduzir o tempo de uso de lâmpadas.
A lógica do horário de verão é simples: o adiantamento dos relógios em uma hora durante o período do ano em que os dias são mais longos que as noites cria uma defasagem entre as curvas máximas de demanda de algumas classes de usuários no fim do dia, que deixam de se sobrepor oferecendo uma folga operacional às instalações que compõem o sistema elétrico.
Por exemplo, a ativação dos sistemas de iluminação pública – cujas lâmpadas são acionadas automaticamente ao escurecer, independentemente da hora do dia – só acontece depois de encerrado o expediente na maior parte dos escritórios e indústrias e de superado o momento de maior demanda nas residências.
Histórico
Esta será a 38a vez que o horário de verão será adotado no país, a 28a de forma consecutiva. A história da medida no Brasil começou na década de 30, pelo presidente Getúlio Vargas. A versão de estreia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.
Nos 35 anos seguintes, a medida foi instituída em nove oportunidades: em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967. Depois de muito tempo esquecido, o horário de verão ressurgiu em 1985 por decreto do presidente José Sarney, não deixando de ser adotado desde então.
Em 2008 foi editado o Decreto 6558 que estabeleceu regras duradouras para a aplicação do horário de verão, como a área de abrangência e época para início e término.
Assim, ficou determinado que o horário de verão será aplicado nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, incluindo o Distrito Federal, com início sempre no terceiro domingo de outubro e encerramento no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte – a menos que este seja o domingo de Carnaval. Nesse caso, o fim do horário de verão fica adiado para o fim de semana seguinte, tal como aconteceu neste ano de 2012.
Fonte: Agência Estadual de Notícias